domingo, 8 de julho de 2012


Trabalho Postado pelo GRUPO 08- Thayse Fortunato-Letícia Zéla, Nayara Moraes, Maria do Carmo




Danças Típicas de Festa Junina 


A dança é uma das melhores expressões culturais existentes porque envolve o movimento, o canto e a dramatização. É a necessidade de se expressar que leva o homem a utilizar as artes e transformá-la em um símbolo de seu povo ou sua cidade. No Brasil, as principais danças típicas têm forte ligação com a religiosidade e os fatores históricos. São ritmos alegres com roupas e cenários populares de cada região. A verdadeira dança típica é aquela que demonstra o melhor e o mais importante de uma localidade


Quadrilha

Por volta dos séculos XII e XIV, os camponeses ingleses dançavam uma dança campestre, conhecida com “country dance”, na qual descendentes de celtas e saxões executavam velhos rituais pagãos num Reio Unido já cristianizado. Durante a Guerra dos Cem Anos, a dança se espalhou pela França, com o nome afrancesado de “contredance”.
A dança perdeu o formato roceiro característico e tomou um estilo de dança nobre ou dança de corte nos principais reinados europeus. No Brasil, adança de quadrilha, assim como era chamada em Portugal, foi trazida praticamente com a vinda da Família Real Portuguesa, em 1808.
No Brasil, durante o período regencial, a dança de quadrilha causava grande frenesi  entre a alta sociedade da época, principalmente com a vinda de orquestras de dança de Millet, Cavalier e Tolbecque. A dança se popularizou e aqui ganhou várias derivações como a “Quadrilha Caipira” em Minas Gerais, o “Baile Sifilítico” na Bahia e o “Saruê” no Brasil Central.
Dança de pares de origem européia que no Brasil passou a ser dançada nas festas do mês de junho em louvor a São João, Santo Antônio e São Pedro. Em virtude talvez de rápida popularização, a quadrilha ganhou numerosas variantes - no interior de São Paulo surgiu a quadrilha caipira, e em Campos, RJ, a Mana-chica. 
Muitas danças do fandango empregam a marcação da quadrilha, a exemplo do que ocorre em bailes gaúchos. Vale observar ainda que a quadrilha influenciou diretamente as danças em fileiras opostas e as contradanças em geral. Os participantes obedecem às marcas ditadas por um organizador da dança. Conserva algumas denominações e movimentações tradicionais e incorpora criações adaptadas pelos marcadores. A música, geralmente de ritmo marcado, é executada com o acompanhamento tradicional da sanfona.


Dança do Pau de Fitas

Dança de pares de origem portuguesa, realizada na ilha de Santa Catarina representa a fertilidade da terra, ela ocorre ao redor de um mastro encimado por um conjunto de largas fitas multicores. Os participantes formam dois grupos que, dançando, entrelaça m fitas, forman do um trança do em volta d o mastro. A dança poss ui quatro movim entos: trançado simples, trançado duplo, trenzinho e rede do pescador. Não possui música exclusiva. À semelhança da quadrilha, são executadas peças autônomas, desde que possuam cadenciamento que favoreça o andamento dos pares na execução do trançado. São freqüentes conjuntos musicais compostos por violão, cavaquinho, pandeiro e acordeão.


Dança do arco de flores

A dança do arco de flores relacionado com os pastores açorianos, que no inicio da colonização pastoreavam no interior da ilha de Santa Catarina. As flores fixadas no arco são típicas da estação. 
Dança de pares no Paraná e em Santa Catarina, na qual cada um dos dançantes sustenta pelas extremidades um arco florido e realiza movimentos "balainhas", que no final serão desmanchadas. Acontece de forma autônoma durante as festas juninas e antecede a apresentação do pau-de-fita, e a abertura da dramatização do boi-de-mamão. O uso do arco de flores acontece também no çairé (AM).


Bumba-meu-boi
O bumba-meu-boi é uma das danças mais típicas do país porque ocorre em diversos estados e principalmente no nordeste. Além de dança, ela é uma representação da sociedade brasileira. É a história cantada e dançada da Catirina, uma sertaneja que grávida acabou desejando a língua do boi preferido do dono da fazenda onde ela e seu marido Chico Vaqueiro trabalham.
Seu marido acaba tirando a língua do boi a pedido de sua mulher e a notícia chega aos ouvidos do fazendeiro. Ele acusa Chico Vaqueiro pelo ocorrido e são solicitados vários médicos para curá-lo. Durante toda a dança, há o julgamento e o perdão do homem. O boi, que aparentemente havia morrido, acaba sendo curado e é realizada uma grande festa com danças e cantorias.


Forró
Essa dança típica brasileira é muito conhecida no país e tem suas raízes diretamente ligadas à região nordeste. O forró possui diversos aspectos retirados da cultura e do cotidiano desse povo e, por isso, passou a ser comum não só ali como em todo o país. A música que embala os dançarinos tem o mesmo nome da dança e é acompanhada de instrumentos musicais como a sanfona, zabumba e triângulo. Há indícios de que ela surgiu no século XIX e como era dançada em terrenos de chão batido, as pessoas dançavam com os pés arrastados para evitar que a poeira levantasse.
Uma das características mais peculiares do forró é que os dançarinos arrastam os pés pelo salão e dançam bem colados, em pares. São diversas formas de dançá-lo: podem alternar entre lento, moderado e rápido. Há, ainda, a divisão entre forró eletrônico, tradicional, universitário, dentre outros.



Caterete

Dança rural do Sul do país, o cateretê foi introduzido pelos jesuítas nas comemorações em homenagem a Santa Cruz, São Gonçalo, Espírito Santo, São João e Nossa Senhora da Conceição. É uma dança bastante difundida nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e também está presente nas festas católicas do Pará, Mato-Grosso e Amazonas.
Nas zonas litorâneas, geralmente é dançado com tamancos de madeira dura. No interior desses estados, os dançarinos dançam descalços ou usam esporas nos sapatos. Em algumas cidades o cateretê é conhecido como catira.
Em geral, o cateretê é dançado apenas por homens, porém em alguns estados, como Minas Gerais, as mulheres também participam da dança. Os dançarinos formam duas fileiras, com acompanhamento de viola, cantos, sapateado e 
palmas. Os saltos e a formação em círculo aparecem rapidamente. Os dançarinos não cantam, apenas batem os pés e as mãos e acompanham a evolução. As melodias são cantadas por dois violeiros, o mestre, que canta a primeira voz, e o contramestre, que faz a segunda.



Fandango


Dançado em várias regiões do país em festividades católicas como o Natal e as festas juninas, o fandango tem sentidos diferentes de acordo com a localidade. No Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até em São Paulo) o fandango é um baile com várias danças regionais: anu, candeeiro, caranguejo, chimarrita, chula, marrafa, pericó, quero-quero, cana-verde, marinheiro, polca etc. A coreografia não é improvisada e segue a tradição.


Lundu (lundum/londu/landu)

De origem africana, o lundu foi trazido para o Brasil pelos escravos vindos principalmente de Angola. Nessa dança, homens e mulheres, apesar de formar pares, dançam soltos.
A mulher dança no lugar e tenta seduzir com seus encantos o parceiro. A princípio ela demonstra certa indiferença, mas, no desenrolar da dança, passa a mostrar interesse pelo rapaz, que a seduz e a envolve. Nesse momento, os movimentos são mais rápidos e revelam a paixão que passa a existir entre os dançarinos. Logo o cavalheiro passa a provocar outra dama e o lundu recomeça com a mesma vivacidade.
O lundu é executado com o estalar dos dedos dos dançarinos, castanholas e sapateado, além do canto acompanhado por guitarras e violões. Em geral a música é executada como compasso binário, com certo predomínio de sons rebatidos.
Essa dança é típica das festas juninas nos estados do Norte (como parte da quadrilha tradicional e independente desta), Nordeste e Sudeste do Brasil.


Trabalho Postado pelo GRUPO 08- Thayse Fortunato-Letícia Zéla, Nayara Moraes, Maria do Carmo

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